domingo, 30 de agosto de 2009

Grandes líderes da Independência na América Espanhola











Nesta terceira postagem, iremos falar um pouco sobre Bolívar e San Martín, que tiveram grande importância na Independência da América Espanhola.
Bolívar, o libertador, era de família criolla, nasceu em Caracas, hoje, Venezuela. Seu pai era um rico fazendeiro e sua mãe era descendente de negros. Estudou na Europa e no EUA, onde aprendeu a gostar dos filósofos gregos e dos pensadores iluministas franceses, em especial J. J. Rousseau.
Desde jovem ele se entregou a luta, com o dinheiro da sua herança formou um exército rebelde que liderou inúmeras batalhas vitoriosas contra os Espanhóis. Foi comandante de guerras de Independência da Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.
Em 1825, no auge do seu prestígio, abriu mão dos seus poderes de General. Não aceitou torna-se rei da América recém-liberta e recusou homenagens oficiais. Seu objetivo era de unir todos os países libertados, mas as elites criollas tinham outros projetos. Iriam se consumir em guerras civis.
Bolívar morreu triste e solitário, com apenas 47 anos de idade.
A História não é feita pelos heróis. Mas existem algumas circunstâncias históricas especiais em que as ações de um indivíduo podem ser relevantes. Bolívar foi o homem relevante naquelas circunstâncias.
Já San Martín, general, militar e político argentino. Nasceu na província de Corrientes, filho do coronel espanhol Juan de San Martín. Com 6 anos, foi para a Espanha e foi educado em um seminário em Madri. Serviu no Exército espanhol por 22 anos e chegou a lutar contra as forças de Napoleão. Logo depois, deixou o Exército e foi para Londres, onde encontra revolucionários da América espanhola. Seus laços com o país aumentaram quando se casou com uma argentina, então se colocou a serviço dos revolucionários. Organizou e chefiou a luta contra as tropas espanholas, da qual saiu vitorioso. Dedicou-se, então, a libertar as nações vizinhas. Dentre outros acontecimentos, e tantos desentendimentos em relação a forma de governo que deveria ser instalada, San Martín em 1822 abandona a política, e tempos depois morre na França.
Os dois líderes ou libertadores, como preferirem, eram homens bastantes diferentes. O argentino (San Martín), mais conservador, sonhava em convidar príncipes europeus para governar os novos países. Já Bolívar, não queria coroa alguma, nem mesmo sobre sua cabeça. Não chegaram a um acordo. San Martín afastou-se da política e foi morar na Europa. Bolívar continuou lutando, mas frustaram-se seus sonhos de união dos países da América.

De acordo com essa postagem , o que vocês podem concluir sobre a relação de Bolívar e San Martin? Qual o objetivo da união dos dois?

domingo, 23 de agosto de 2009

Inglaterra x França :


No começo do século XVIII aconteceu a Guerra da Sucessão Espanhola.
Quando ela chegou ao fim, a Inglaterra ganhou o direito de vender escravos diretamente para a América Espanhola. Além disso, poderia levar alguns navios para comercializar com colonos espanhóis.
Esse comércio proibido chegava a superar o comércio legal, tanto em valor como em volume. A oferta de mercadoria inglesas era tão grande que chegou a provocar uma baixa nos preços dos produtos trazidos pelos navios espanhóis.
Quando o rei espanhol Carlos III subiu ao trono, as colônias da América já estavam muito desenvolvidas, exportando açúcar, cacau, couro e alimentos. O México produzia 2/3 da prata do mundo. Nada mal para a Espanha, que dependia cada vez mais das colônias.
Os ingleses trataram então de aumentar seu comércio com América, poucos se importando se havia pacto colonial ou não. Do outro lado, houve a invasão da Espanha pela França que Napoleão acabou colocando o irmão José Bonaparte no trono espanhol a qual os espanhóis não ficaram nem um pouco satisfeitos.
Como vocês acham que ficaram as colônias na América?
Ficaram leais ao governo espanhol derrubato por Napoleão. Isso as deixavam do lado da Inglaterra e de suas mercadorias... Essas colõnias estavam praticamente desligada da Espanha. Sentiram o gosto de ser independentes.

A Luta pela a Independêcia.

Antes de acontecer as independêcias oficiais na América Esapanhola, houve várias tentativas populares de construir um outro projeto de independência, que conquistaria os direitos de cidadania para s pobres e descendentes de índios. Os criollos " elites coloniais brancas " queriam a independência, mas não a esse preço. Por isso, apoiaram a repressão.
As elites criollas, uniram-se aos peninsulares (chapetones) para acabar com o movimento. Já as elites coloniais (grandes comerciantes, grandes proprietários) eram extremamente conservadoras.
No final a independência seria liderada pelos criollos, a elite branca nascida na colônia, que derrotou os chapetones, os espanhóis ocupavam os cargos de direção de colônias, e quase todos esses cargos eram importantes e entregues aos peninsulares. Os criollos perceberam que só teriam voz no governo se houvesse a independência nacional.

O Rompimento Final

As lutas pela independência da América Espanhola podem ser dividas em duas etapas :
- Na primeira, a tentativa não deu certo.
- Na segunda, a Espanha foi derrotada.
Em 1805 tudo começou, as colônias formaram governos autônomos, ensaiaram uma independência. Logo após, o rei reconquistou o poder na América. Os ingleses, que precisavam do apoio espanhol contra Bonaparte, se mantiveram quietos. Em seguida, Napoleão já estava definitivamente derrotado, os ingleses se sentiram livres pra apoiar as lutas pela independência na América Latina. Apenas Cuba e Porto Rico eram colônias da Espanha, mas no final do século elas ganhariam sua independência.
Finalmente os patriotas uruguais venceram o império brasileiro e tornaram-se independentes.


domingo, 9 de agosto de 2009

Contexto e Influência da América Espanhola


A América, foi colonizada por portugueses e espanhóis, e a parte colonizada pela Espanha fica conhecida como América Espanhola e compreende um vasto território desde a América Central até o sul do continente americano. Afim de melhor administrar a colônia, a coroa espanhola dividiu o território em quatro Vice-reinos (Nova Espanha, Nova Granada, Peru e Rio da Prata) e quatro Capitanias Gerais (Guatemala, Cuba, Venezuela e Chile). Entretanto esta divisão fez com que estes territórios fossem administrados com certa autonomia pelas suas elites. Estas elites experimentavam a oportunidade de lucrar com o comércio de diversas mercadorias.

Diversos fatores estão relacionados com o processo de Independência da América Espanhola, e um deles é a Crise do Sistema Colonial, podemos mesmo dizer que este é o mais importante, pois as elites que lucravam com a produção e o comércio de mercadorias estavam insatisfeitos com a obrigação de apenas poder comercializar com a metrópole. O que estas elites coloniais buscavam era a liberdade de comércio, ou seja que eles pudesse comerciar diretamente com outros países, desta maneira lucrando mais ainda. Entretanto, outros fatores podem ser citados como colaboradores deste processo de enfraquecimento do Sistema Colonial e de expansão dos ideais de liberdade. Dentre eles podemos citar ainda a Revolução Industrial na qual a inglaterra desenvolveu fábricas que tinha ambição de mercados consumidores. O pessoal das colônias também queria comprar diretamente da Inglaterra , esta , daria o maior apoio possível , seja com grandes empréstimos , bons soldados e importantes apoios diplomáticos. Outra influência foi a do Ilumismo , nesta os filhos das elites aprendiam e voltavam das universidades Européias com as cabeças cheias de idéias liberais , o que ajudava a difundir novos ideais de liberdade e de autonomia. Já a Independência dos EUA , serviu de estímulo aos revoltosos de toda a América. Afinal se os colonos norte-americanos conseguiram criar seu próprio país os vizinhos do continente poderiam repetir a mesma estratégia. E para concluir, ocorreu a Revolução Francesa que provocou seus efeitos. Muitas pessoas das camadas médias e populares chegaram a sonhar com a independência que fossi democrática e que realizasse reformas sociais inspiradas nas idéias radicais jacobinas.Porém as elites coloniais tinham outros planos.